SÍNDROME DO DIA DA SESSÃO MEDIÚNICA
A – médium Otávia e suas dificuldades para comparecer ao Centro Espírita
A1- Observam-se os percalços que ocorreram na noite destinada à assistência desobsessiva. O esposo de Otávia, Leonardo, obsediado, proibiu-a de ir à Casa Espírita.
A2- Após longo preparo da equipe espiritual para a manifestação de determinado Espírito, a ausência da médium frustraria as expectativas dos lidadores desencarnados, ensejando consequências danosas.
A3- Solução por parte dos bons Espíritos: levar à casa de Otávia familiar de Leonardo, para convencê-lo a deixar que a esposa fosse ao Centro Espírita, que atendeu a contragosto dele e dos obsessores.
A4- Não é raro encontrarmos médiuns em luta árdua para frequentarem assiduamente a sessão mediúnica. Imprevistos e contratempos sempre aparecem. No entanto, a consciência de que estão integrados a um sistema de intercâmbio mediúnico complexo deve animar os médiuns na superação das dificuldades.
A6- Horas antes da sessão, o manifestante liga-se psiquicamente ao médium para o estabelecimento da sintonia. A prece, o recolhimento, mesmo que por instantes, permitem o ajustamento fluídico entre ambos.
A7- Ainda conforme André Luiz, no mesmo livro acima citado e sobre esse prévio contato : “Conduzi-lo-ei em nossa companhia, deixando-o na residência da médium, com algumas horas de antecedência, para que você encontre facilidades no serviço da harmonização (…) Nesta parte da casa – explicou-nos o guia acolhedor – a nossa irmã Otávia costuma fazer meditações e preces. A atmosfera reinante, aqui, é, por isso, confortadora, leve e balsâmica. Estejam à vontade. Em vista de ser hoje um dos dias consagrados ao serviço mediúnico, terminará ela os trabalhos da refeição da tarde, mais cedo, a fim de orar e preparar-se.”
A8- Para o médium psicofônico, o dia da reunião de desobsessão tem características peculiares. Não raro, desde a noite que antecede o dia da sessão, o médium tem sensações ligadas ao trabalho, resultado do prévio encontro que tem com as entidades que serão atendidas.
A9- É comum ocorrerem sonhos agitados, insônia ou pesadelos e quanto o dia surge um mal-estar indefinido pode se apossar do medianeiro.
A11- Um abatimento, um desânimo ou mesmo leve depressão podem invadir o psicofônico. Dependendo do grau de enfermidade do Espírito que se comunicará, surgirão dores pelo corpo.
A12- Alguns apresentam inapetência. Conforme o caso, irritabilidade, choro sem motivo, pensamentos confusos, vertigem e outros. A esse conjunto de sinais e sintomas de percepção subjetiva nominaríamos de síndrome do dia da sessão mediúnica, pois são ocorrências episódicas que desaparecem após o transe, quando ficam normalizadas as funções mentais e orgânicas do médium.
A13- Tais sensações levam os médiuns sem o devido estudo e sem o adequado comprometimento a abandonarem a seara espírita. Ao contrário, o intermediário deveria sentir-se feliz por servir a uma causa de tamanha nobreza, qual a de socorrer, ao lado de entidades angélicas, os enfermos e os sofredores do plano astral. Necessitaria compreender que esse clima de tarefas lhe promove o aprimoramento da alma e disso não se queixar.
A14- Assim, o médium deve iniciar o dia da sessão de intercâmbio com a luz da oração, evitar desgastes físicos desnecessários, manter-se em tranquilidade mental, sem se furtar às obrigações pessoais, como o trabalho profissional e os deveres de família.
A16- O psicofônico não deve esquecer que está momentaneamente sintonizado com entidades sofredoras, perturbadas, enfermas e que se ele, médium, capta tudo isso das entidades, os desencarnados, por sua vez, colhem, igualmente, suas emoções e pensamentos.
A17- Ainda conforme André Luiz – Cap. 12 , esclarecendo sobre a conversação antes da reunião: “Toda referência verbal é fator de indução.“
A18 – Além disso, a necessária abstenção das bebidas alcoólicas e do fumo.
A19- É nesse clima de recolhimento, de renúncia, de sacrifício que o médium se redime, se equilibra e culmina por vencer a si mesmo na grande jornada da ascese espiritual.