Pedagogia Espírita: Família e Responsabilidade
Joanna de Ângelis, Livro Constelação Familiar
Sendo o nosso modelo maior Jesus, o Mestre por excelência, a proposta da Doutrina Espírita é a de reviver os valores Cristãos na sua práxis educadora, formadora de uma nova consciência de unicidade com o Criador.
Devemos ressaltar que é no ambiente familiar que os espíritos recém-ingressos na matéria aprendem as lições básicas sobre o respeito, na figura dos pais, principalmente no mais elementar modo de aprendizado: o exemplo.
Na convivência familiar aprendemos a conhecer nossos limites num exercício diário de paciência, doação e de amor.
Kardec no Livro dos Espíritos, na pergunta 208, leva-nos à seguinte reflexão: “O espírito dos pais exerce influência sobre o filho após o nascimento? – Exerce e muita. Os pais tem a missão de desenvolver o espírito do filho através da educação; se falham, serão culpados.”
Nas pesquisas junto às famílias de alunos de escolas públicas e privadas do país, foi detectado que o tempo de convívio familiar se reduziu drasticamente nos últimos anos. Em média, especialmente na região sudeste, os pais convivem com seus filhos por seis horas diárias.
O maior tempo de convivência (03 horas) ocorre ao final do dia. Nesse momento, os pais reúnem a família e, em 75% dos casos pesquisados, assistem programas de televisão. Não conversam. Não comentam as atividades comuns. As atividades de lazer mais importantes para os jovens não entram nas programações familiares.
O sentido das palavras se dilui e são substituídas por convenções sem significado. É comum, presenciarmos pais que priorizam o lazer pessoal em detrimento da conversa com o filho, em virtude do excesso de obrigações profissionais ao longo da semana.
Diante dessas pesquisas e dos problemas apresentados atualmente em nossa sociedade, fica fácil perceber a imensa importância do grupo familiar em nossa formação a cada encarnação e a isso se vincula a responsabilidade dos pais no encaminhamento de seus filhos.
A esses conceitos gerais, agregam-se os conhecimentos e as teorias particulares, como aqueles que nos chegam via doutrina espírita e que nos mostram que a família é nosso principal ponto de reajuste e de realinhamento e, portanto, é sumamente importante em nosso processo evolutivo. Sabemos também que nosso comportamento em família será extrapolado para nossa relação com a sociedade, os colegas de escola, de trabalho, de casa espírita.
Busquemos com o Evangelho acender luzes de fraternidade fortalecendo os alicerces dos nossos lares formando assim, as bases sólidas do mundo de regeneração que se aproxima.
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Excelentes apontamentos! Precisamos trabalhar no desenvolvimento das habilidades de comunicação no âmbito das relações urgente! Comunicação Interpessoal deveria ser discisplina obrigatória nas escolas, nas universidades, nos treinamentos empresariais, nos cursos de evangelização e tantos outros.