“ESTABELECEREMOS UMA COMUNICAÇÃO SAUDÁVEL E EFICAZ”
Entrevista com o novo Diretor de Assistência Espiritual do GEAE - Rodolfo Castro
Rodolfo Castro (foto), nascido em 06/10/1978, é espírita desde seus 13 anos de idade. Participa do Conselho Consultivo Doutrinário do GEAE, é expositor, facilitador, com experiência no atendimento fraterno. No campo profissional é psicólogo, atuando na área clínica e hospitalar. Participa das palestras públicas e coordena a equipe de acolhimento sábado à noite, que constitui o assunto principal da entrevista que segue:
Sabendo que o departamento de assistência espiritual é a maior área demandada pelos frequentadores do GEAE, por que você aceitou a função de diretor?
O Departamento de Assistência Espiritual (DAE) é o departamento de maior demanda não só pelos frequentadores, mas, também, pelos trabalhadores do Geae e, por essa razão é aquele que mais necessita de colaboradores.
Assumi o DAE porque acho que posso colaborar. Acredito que o tempo de casa junto às experiências adquiridas em diversos departamentos e áreas, o conhecimento técnico e, sobretudo, o convívio com os trabalhadores, alguns, por mais de 20 anos, irão auxiliar nessa tarefa. Sei que é uma tarefa extensa, mas não estou sozinho. Fica mais tranquilo (e não mais fácil) quando estamos em família.
A ideia de estar à frente do DAE não é fácil, visto o contingente de atividades interligadas, o que aumenta a complexidade de todo o processo. O DAE se ocupa do bom funcionamento da triagem, do atendimento fraterno, do passe, da desobsessão, do atendimento físico-espiritual, das terapêuticas complementares (Apometria e Captação Psíquica), além de toda área de estudos do Geae. Ademais, o DAE estabelece uma interface com todos os departamentos da Casa, o que exige capacidade de interlocução, algo que acredito ter.
Quais os seus objetivos a frente do DAE?
O objetivo maior de toda casa espírita é auxiliar as pessoas no que concerne a reforma íntima, isto é, proporcionar elementos para a espiritualização do ser. O DAE é o departamento que adota integralmente essa missão. De forma mais específica, verifico que, nesse momento, precisamos atuar em 3 eixos: (1) valorizar o trabalhador, o que significa ouvi-lo e auxiliá-lo, afinal, o médium deve estar bem para ajudar os que procuram a Casa; (2) melhorar a comunicação entre os membros do Geae, pois os grandes problemas que enfrentamos perpassam pelo conteúdo e pela forma como as coisas são comunicadas e (3) estimular e proporcionar aprimoramento constante, isto é, investir na capacitação dos médiuns e dos trabalhadores.
Em que consiste o plano de trabalho?
Diante desses eixos precisamos, primeiramente, fazer um diagnóstico da área, esquematizar o fluxo das atividades de cada grupo e gerenciar o processo demanda-solução. Para isso é fundamental estar mais próximo dos médiuns, conhecendo suas histórias (bagagem doutrinária) e suas potencialidades.
Fazer um diagnóstico implica em levantar demandas, saber o que precisar ser melhorado ou mudado, de forma a contextualizar as atividades e os recursos humanos. Esquematizar o fluxo de atividades é possibilitar uma comunicação clara e eficaz, na qual todos saibam quais as diretrizes a serem adotadas. E, por fim, gerenciar o processo demanda-solução é manejar os potenciais de cada trabalhador na busca da resolução dos problemas. A priori, o plano é esse.
O que é preciso mudar na assistência espiritual?
Não sei se a palavra certa é mudar, mas, sim, fazer cumprir as determinações doutrinárias e regimentais. Além disso, é preciso ter um direcionamento claro das atividades mediúnicas e dos estudos da Casa, de forma que cada trabalhador saiba o que deva ser feito e os motivos pelos quais deve ser assim.
Qual, na sua visão, será o grande desafio a ser enfrentado?
O maior desafio é a conscientização de que devemos ser fraternos. Para que o DAE funcione, seus membros devem se ver como irmãos. Sem isso, perdemos força e foco.
Há algo mais que gostaria de compartilhar com nossos leitores?
Precisamos estabelecer o compromisso de dar o fórum certo para as questões no Geae, isto é, levar os questionamentos, dúvidas e objeções aos responsáveis. Com isso, estabeleceremos uma comunicação saudável e eficaz e, ao mesmo tempo, cumpriremos a máxima de que “o mal deve parar em nós”. De minha parte, estou à disposição de todos para conversarmos sobre os atendimentos, sobre a mediunidade e sobre os estudos da Casa.